segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Sócrates, esse grande sacana

Desenganem-se os leitores que ao ver este título pensem que vou achincalhar o governo. Na verdade vou falar sobre esse grande filósofo grego, sobre o qual há tanto a dizer… Mentira, vou mesmo falar sobre o nosso actual primeiro-ministro, pois do filósofo pouco mais tenho a dizer do que: “epá, ganda maluco!”

Mas mesmo assim, continuo a dizer, não venho aqui dizer mal do chefe de governo do país, antes pelo contrário. O meu sonho, quando for grande, é ser tão sacana como o nosso primeiro-ministro. O homem é duma genialidade sacana que mete inveja a qualquer advogado e até, atrevo-me a dizer, qualquer mecânico! E todos nós sabemos que não existem profissões em que os profissionais sejam mais sacanas do que nestas… ah, é verdade, a política também é profissão, peço desculpa. Pois então, vejamos como este Deus da sacanisse dá a volta às perguntas na assembleia:




A inveja que eu sinto perante um discurso destes. É de facto louvável a maneira como este homem se aproveita da língua portuguesa para se safar ao que tinha dito. Eu e o meu colega de blog, aliás, andamos a tirar um curso de socratês e aspiramos a vir um dia a conseguir falar fluentemente no nosso dia-a-dia como este grande homem (quer isto dizer que o homem fala de uma forma engraçada e nós pomo-nos a imitá-lo enquanto conversamos).

Mas se ainda há dúvidas de que este homem devia ser seguido como exemplo por todos os aprendizes de sacanas (neles incluo estudantes de mecânica, estudantes de direito e, evidentemente, a equipa deste blog, pois claro - o Alberto João Jardim é um dos mestres clássicos mas anda a enferrujar e também não lhe fazia mal uma afinaçãozinha) aqui fica um exemplo de como gozar com a cara de um lacaio:









Reparem bem neste ar de puto traquina.

Não engana ninguém, é mesmo um sacana no seu estado mais puro!










Este homem está mesmo muito à frente do nosso tempo. Eu sempre que o vejo aparecer na televisão as lágrimas escorrem-me pelo rosto da emoção que é poder assistir em primeira-mão aos feitos desta personalidade. E aos grandes discursos também, ora vejamos:




É mesmo caso para dizer que quem fala assim não é gago! (nem inglês certamente) Mas é de louvar o feito de ter conseguido meter a simpática Angela Merkel a rir que nem uma maluca. Não é coisa para qualquer um! É pois então um senhor “reinadio” como diria o meu avô (na verdade o meu avô dá-lhe outros nomes, mas conseguem ser impróprios até mesmo para este blog, por isso fiquemo-nos por esta minha aldrabice). Brincalhão e com uma tendência nata para a sinceridade e quem diz a verdade não merece castigo. Ora então vejamos:




Depois disto só me consegue vir à mente uma grande frase deste homem marcante: “Porreiro, pá!”

sábado, 29 de dezembro de 2007

Conjunto de cartas para a rapariga que vive no prédio em frente ao meu


Carta 1

Penso que precisamos de falar, mas não tenho coragem para te abordar directamente. O que aconteceu a noite passada foi acidental, não era minha intenção ver-te a mudar de roupa através da janela do meu quarto. Calculo que o facto de estar nu, sem contar com as meias, e a segurar o meu pénis, pode ter parecido suspeito mas garanto que foi completamente inocente… estava apenas a tirar mais fotografias do meu membro para deixar na tua caixa de correio… sim, tenho sido eu o teu admirador secreto. A propósito, notei que tinhas um sinal debaixo do teu magnífico seio direito… é de nascença? Se não, é melhor ires ver um médico, com essas coisas nunca se sabe.

Com amor, R



Carta 2

É só para perguntar se recebeste a minha carta anterior… como não me respondeste… Já foste marcar consulta com o teu médico? Beijos.

Com amor, R.



Carta 3

Porque não respondes nada? Agora tens sempre as janelas e a luz da sala fechadas mas eu sei que estás em casa porque vejo-te chegar da escola todos os dias. PORQUE NÃO RESPONDES?

Com amor, R



Carta 4

Cheguei à conclusão que és tímida. Gosto disso numa mulher e não vejo porque deva ser um obstáculo para a nossa relação, tal como a diferença de idades.
Mas tenho estado preocupado contigo… estás doente? No outro dia quando fui ao teu lixo reparei que tinhas deitado fora algumas caixas de remédios para a gripe e também alguns calmantes… espero que esteja tudo bem com a tua saúde.

Com amor, R.



Carta 5

Vi-te a remexer no lixo hoje. Calculo que tenhas descoberto que estão a faltar os pensos higiénicos que deitaste fora. Passo a explicar: meti-os no nosso álbum de recordações, ao lado da madeixa de cabelo que cortei quando estavas a dormir e da pastilha elástica que deitaste fora em frente ao prédio no dia 20 de Maio de 2006. Assim teremos algo para mostrar aos nossos filhos.

Com amor, R.

P.S. – Gostas de “João” se for menino e de “Inês” se for menina?



Carta 6

Notei que mudaste a fechadura da tua porta. Ainda bem que és uma rapariga ajuizada e preocupada com a segurança… com o mundo que está lá fora… mas agradecia que para a próxima vez me avisasses.

Com amor, R.



Carta 7

Deixa-me colocar-te uma questão hipotética: se por acaso algum dia alguém te fizesse uma surpresa, te apanhasse na rua, te amordaçasse e vendasse e depois te prendesse no seu quarto, preferias ser amarrada à cama com corda ou com correntes? Hipoteticamente, claro…

Com amor, R.



Carta 8

Tenho boas notícias, amor. O meu psiquiatra diz que já não há necessidade para continuarmos com sessões, que nos últimos anos, desde aquele incidente desagradável, tenho tido melhorias incríveis. Estou tão orgulhoso!

Com amor, R



Carta 9

Ontem quando te observava no duche pela fechadura da porta da casa de banho (consegui duplicar a chave do teu apartamento, espero que não te importes), pareceu-me que o sinal debaixo do teu seio direito estava maior. Acho que é mesmo melhor ires ver disso ao médico.

Com amor, R.



Carta 10

Não aguento mais… tenho de te contar algo. Há já duas semanas que ando a espiar a tua vizinha do lado. Comecei a gostar mais de a espiar do que a ti, ela é tão mais madura, e acho que é melhor terminarmos. Tivemos algo muito especial, mas ela apareceu assim na minha vida e fiquei indefeso… terás sempre um lugar especial no meu coração, por favor não fiques ressentida comigo. Peço desculpa por te dar esta notícia na véspera do teu 18º aniversário, queria ter-te dado um presente melhor.

Espero que, mesmo assim, não te importes que eu de vez em quando vire os binóculos em direcção à janela do teu quarto…

Adeus,
Com amor, R

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Críticas e Políticas

Neste momento, os poucos leitores deste blogue já devem achar os seus escritores homófobos , machistas , e xenófobos .

Por isso, para balançar, vamos dizer mal das poucas pessoas que ainda nos têm nas suas boas graças: vamos enxovalhar o PNR (Partido Nacional Renovador).

Vamos lá por temas:


Auto-estimazinha upa upa




Em primeiro lugar, é preciso ter um grande par de tomates para basicamente chamar aos outros candidatos de "bombas", dizendo que se algum deles for eleito, Lisboa perde população, aumenta a criminalidade (isso ainda é possível, em Lisboa?), cria falência, destruição do património, etc... É preciso ter um grande par de tomates ou então ter sido criado por esquilos selvagens que consumiam LSD diariamente.

Pensando bem, acho que começarei a fazer isso a quem me irrite minimamente. A senhora idosa atrás de mim na fila para o multibanco pisou-me o calcanhar? "A prolongação da sua existência levará inevitavelmente a que o mundo venha a ser completamente devastado por pragas e fome". Um senhor passou-me à frente na fila? "Qualquer pessoa consegue ver que ao fazer isto está a contribuir para o aumento da criminalidade e toxicodependência no país, e transmite disfunções erécteis a toda a população masculina". Bolas, assim pode-se dizer o que se quiser, se lhe der na real gana pode afirmar que o facto de o Sócrates estar no poder fez com que a pedofilia aumentasse 200% em Portugal que ninguém se rala.

Vamos lá ver, uma coisa é dizer mal da concorrência a torto e a direito, que como sabemos é hábito na política portuguesa, e a tradição é algo muito bonito... agora é completamente absurdo dizer que um só político teria a capacidade de ser tão influente, todos nós sabemos que os políticos não fazem diferença praticamente nenhuma.


Dejá Vú




Está cá a parecer que já ouvimos esta conversa em qualquer lado... ah sim, é verdade:



















Além do mais o homem está parvo ou quê? Então vamos mandar para fora de Portugal os únicos que cá estão que trabalham alguma coisa, que são os que não são portugueses? Não tarda quer-nos tirar as prostitutas brasileiras, que são as únicas jeitosinhas que temos, porque tiram o emprego às que nasceram cá...

Tudo isto é proferido por um indivíduo que tem muita legitimidade para o fazer, pois não podemos esquecer que o presidente deste partido (para os desgraçados ignorantes, o indivíduo que têm visto nos vídeos trata-se do representante do partido, Pinto Coelho) já foi emigrante noutro país. Acreditamos piamente que durante todo esse tempo terá desejado loucamente ser escorraçado de lá a pontapé por aquele governo e não lhe fizeram a vontade. Isso é feio!


O site oficial

Temo-nos deliciado a ver o site destes "grandes" senhores... vejam só os temas da página inicial:




ESPEREM LÁ, VOCÊS VIRAM AQUILO?






Eles meteram uma OVELHA a carregar o seu símbolo? Uma OVELHA? Isto é demasiado irónico para ser verdade... será que este partido não existe e é só gozação com o povo português?


Loby quê?

Muitas vezes aparece Pinto Coelho a falar sobre o suposto Loby Gay existente em Portugal. No site podemos encontrar pérolas como esta:

"Mas que fique bem claro, não nos opomos à promoção da homossexualidade apenas por questões financeiras. Não nos opomos apenas pela situação de ruptura financeira de uma Câmara em profunda crise, mas sim por uma questão de princípio! O PNR é o único partido que rejeita a promoção da «cultura gay» e do «folclore amaricado».Com José Pinto-Coelho à frente da Câmara de Lisboa não haverá nem mais um tostão para o financiamento da mensagem gay! "

Ó Pinto Coelho, sabes quem mais é que apreciava uma pêra como a tua?





Isso mesmo, o George Michael.

Ah, pois é!







Falando de coisas sérias...

Nenhum de nós os 2 que escrevemos neste blog temos alguma afiliação com partido algum... nem sequer temos uma preferência específica por partido algum porque pura e simplesmente não nos conseguimos identificar seriamente com as ideologias de um ou de outro. O Raciocínico gosta de se considerar um "Libertino comedido", e o Metacrítico também considera que se mantém numa região mais de "centro" (o Raciocínico considera-o um "Panhenha" - sim, "panhenha" porque é tão "panhonha" que nem se deve atribuir correctamente o título). Não concordamos com todas as coisas, incluindo política, mas ambos concordamos que embora todos tenham direito à sua opinião e às suas crenças, algumas ideias são demasiado perigosas, principalmente se vierem acompanhadas de ignorância (nós brincamos muito com as coisas, mas como podem ver raramente falamos a sério e não passamos, fundamentalmente, de 2 palhaços gozões que ninguém no seu perfeito juízo dá ouvidos... dizemos coisas provocatórias para chatear e principalmente para ganharmos atenção).

A História do mundo e a História do nosso próprio país têm muito a ensinar-nos; esperemos que as lições não estejam perdidas para a maioria.


Num tom mais leve, como um dos grandes imigrantes em Portugal, Filipe Scolari, poderia dizer: "Vai tomá nu cú, cára!"



Ass: Sr. R, e Sr. M.

¡Café con leche, coño!

This is madness!



Logo a seguir aos caniches, se há algo que me tira do sério são os espanhóis. Não que seja xenófobo, longe disso, mas se pudesse não entrar em contacto com este povo ligeiramente alarve seria feliz. É incrível como meia dúzia de elementos desta nacionalidade conseguem criar o caos em qualquer pobre local em que metam os pezinhos. Bastam três espanhóis a conversar normalmente (atenção ao normalmente, não é bem o mesmo que para as pessoas normais) para criar um ambiente sonoro próximo do que se viveu na segunda guerra mundial. Falam 50 decibéis acima da turbina de avião a jacto mais cheia de cadáveres de pombo do mundo.


No entanto, não é só o ambiente sonoro que sofre uma modificação próxima da destruição. Estes seres tão simpáticos sofrem de falta de vista coitadinhos, pois com caixotes de lixo e cinzeiros mesmo ao seu lado, não vêem e metem no chão tudo o que é beatas de cigarros, lixo e até a comida que lhes cai dos pratos enquanto enfardam tudo a uma velocidade emocionante, capaz de comover qualquer bom adepto de fórmula1. Não é de estranhar por isso que um pequeno estabelecimento comercial, depois de visitado por esta espécie acabe mais ou menos assim:






Outra mania estranha que os espanhóis têm é a de beber o café com tudo e mais alguma coisa, nomeadamente o leite. Porque raio é que quando se vai a Espanha e se pede “um café” lá vem o maldito do leite?! É que ninguém o pediu, só se pediu café… mais nada… então se só se pediu café não metam para lá o leite!!! Ok? Pode ser? Muito obrigado.



O Sonho de qualquer espanhol!



Como se não bastasse isto, os pobres espanhóis sofrem de falhas na aprendizagem da geografia. Eles não têm noção dos limites do seu país, pois quando saem dele continuam a falar na sua língua como se nada fosse e a dirigir-se a quem não é espanhol… em castelhano. Proponho então algo do género: sempre que um espanhol se dirigir a algum de vocês a falar aquele dialecto tão rico e maravilhoso, como se vocês tivessem a obrigação de o compreender, façam uma só coisa. Respondam calmamente no vosso idioma! A cara de pânico do espanhol perante algo que não percebe é lindo de se ver e certamente memorável. Experimentem! Vai ser giro!

Contraposição crítica de um ex-católico

Para tentar consolar o meu caro sócio no meio desta crise existencialista e do seu seguimento, resolvi deixar aqui o meu ponto de vista. Eu fui católico (digo fui, mas na verdade nunca ninguém me perguntou na altura se o queria ser, aliás, nem hipótese de escolha tive! Nem um miserável inquéritozinho nem coisa do género!) durante 15/16 anos e tive uma educação claramente católica, apesar de não ter sido nada rígida. É então com alguma experiência de campo que posso afirmar que não é assim tão cool como isso (desculpem-me os que de mim discordam e acham que a religião cristã é bue cool, mas ter um blog permite-me isso mesmo, dizer o que me dá na real gana! Espero que ninguém se ofenda por eu dizer que, tipo, o cristianismo... não é da cena, man).




E a primeira razão de todas é por haver regras. Não que haver regras seja mau, mas a perspectiva de ter de as cumprir ou ir arder no inferno é um bocado chato… Se ainda as regras fossem sensatas, mas também não: “Não matarás!” Então e os animais como os como?!?! Vivos?!?! É capaz de ser uma tarefa cansativa, principalmente quando a vaca me der uma marrada por lhe morder uma perna por exemplo. E se já depois da meia-noite ficar com alguma fomeca e me apetecer cear? Acorda-se a vizinhança inteira por mordiscar as pernas do frango.


Um verdadeiro guia espiritual





Outro aspecto está relacionado com as atitudes que advêm destas regras. É um bocado triste ver a Dona Alzira, que para além de só poder ter relações com o marido para procriar (ou seja, muito poucas vezes), quando o faça apanhe alguma doença venérea, porque o Sr. Manuel não pode usar o preservativo quando vai às meninas, porque é proibido, o Vaticano não deixa, vai se lá fazer o quê? Mais uma vez é chato… (chato, "chatos", doenças venéreas, tão a perceber?)




Depois, cada vez mais, há mais pecados. Ok, alguns fazem sentido (pelo menos o máximo de sentido possível que um suposto pecado pode ter), mas é complicado querer ler as notícias e não poder fazê-lo, porque é pecado ler jornais. Espero ansiosamente pelo dia em que este Papa e se lembre que respirar também é pecado. É capaz de ser um dia interessante.




Padre da igreja aqui da esquina a dar a missa:



"Meus irmãos, vamos abrir a pági.... um momento... sim? O Papa decretou que respirar é uma ofensa a De... SEUS PREVARICADORES! TOCA DE PARAR DE INSPIRAR!"



Gripe das aves o tanas! O Ratzinger é que é um perigo eminente!




Felizmente, muito pouca gente leva a sério o que sai do Vaticano (tinha de existir uma razão para tanta gente a habitar o planeta). Contento-me por saber que a maior parte dos residentes assíduos das missas de domingo vai lá mas não leva a sério o que o padre diz. O que me faz pensar… Será que as missas se estão a tornar em espectáculos de stand up? Já imagino o homenzinho de branco a proferir durante a homilia: “esta cena de comer o corpo de Cristo e beber o sangue de Cristo... que somos nós, canibais? LOL!” Hmmm Acho que vou voltar a dar lá um pulo de vez em quando, é capaz de ser divertido…








P.S.: Ah! As óstias sabem a PAPEL! Era bom que fossem como o chocolate Galak, mas não... a gula também é pecado, dizem por aí.

Ameaças...


Na última hora tenho recebido uma enchente de mails de fanáticos religiosos a ameaçar a minha integridade física por ter colocado no meu último post uma caricatura perjurativa de uma figura religiosa.


Os mails dizem coisas como "Havemos de te molestar, bandido!" e "Ah, vais ver como elas mordem quando elas te morderem!".


Para estes indivíduos só tenho a dizer "Seus energúmenos fanáticos de Star Wars, eu coloco quantas caricaturas do Yoda eu quiser; o blog é meu e tenho direito à livre expressão! Não tenho medo de vocês!"





Só para verem como anda este mundo.

Esta existência incerta, coiso e tal a dobrar

Esqueceu-se-me! Estava eu aqui a dizer que isto de ser ateu não é assim tão giro e coiso, as óstias etc. (a propósito, porque é que os espanhóis utilizam "óstias" como forma de praguejar?)... é que vamos a ver, isto da religião não passa de um clube, assim como aqueles clubes que há quando um gajo é puto. E eu não pertenço ao clube da religião. Pertenço ao clube do Benfica... Ainda tenho o cartão de sócio da Nesquik, algures... Religião, nem pó. E como não pertenço ao clube não tenho direito às regalias. Estão elas aqui em ordem decrescente por grau de importância:


7 - Nunca me haverão de condecorar como Santo (não que isso fosse uma possibilidade de qualquer das formas mas pronto, ao menos não me sentia excluído logo de partida);

6 - Não conseguirei jamais decifrar o dialecto estranho pertencente ao senhor de branco que dá a missa nas manhãs de Domingo da TVI (ou é RTP2? Já não sei);

5 - Não me enfardo à fartazana com 1ªs comunhões e o caraças;

4 - Nunca hei-de ser padre, que são dos maiores malucos que andam por aí;

3 - Nunca hei-de ser freira, que se divertem tanto ou mais;

2 - Não entro no céu quando morrer e diz quem lá foi que aquilo até é bonito;

1 - Não como óstias.


P.S. - Estive para aqui a brigar-me com o corrector ortográfico que insiste comigo que se escreve "Hóstia" e não "Óstia", mas eu para provar que sou mais teimoso que o computador deixo estar assim.

Esta existência incerta, coiso e tal

Hoje, lamento, mas estou chateado. Estou chateado, pronto, não posso fazer nada. Chateado e triste. É que isto de ser ateu não é tão giro como nos dão a entender ao início... nem que seja pela tia em 5º grau que já tem 82 anos e que todos os aniversários nos telefona a dizer que temos de nos baptizar porque qualquer dia ainda nos acontece qualquer coisa ou somos atropelados ou assim, e morremos e depois vamos para o inferno porque ainda temos o diabo no corpo (aconteceu-me esta brincadeira era eu puto e achei que realmente ir à Disneylândia era ligeiramente mais divertido do que ouvir aquilo).





Agora o leitor deve estar a pensar "Epá Raciocínico, até parece que 'tás ressentido com alguma coisa". Estou, estou ressentido sim senhora. Em primeiro lugar, o leitor não tem nada que me tratar por "tú", ainda não temos tais confianças, e em segundo lugar não aprecio que escreva a forma reduzida de "estar", apesar de estar lá muito bem metida a apóstrofe em «'tás». Não, mas estou ressentido sim senhora e já explico porquê... É que eu tenho uma confissão a fazer... é que eu nunca comi óstia e gostava. É que desde puto que tenho curiosidade com essa coisa, porque sempre me lembrou aquele chocolate branco que vinha em forma de discos pequenos, o Galak, que eu adorava.


Corpo de Cristo = Corpo de golfinho branco?

"Pronto", pensa o leitor, "Já foi este desgraçado descambar para a parvoíce autêntica". Pode até ser que sim, mas garanto que vem do fundo do coração e que é verdade. Aliás, faço desde já aqui um apêlo: se algum bom cristão conseguir roubar umas óstias na sua igreja local, por favor mande-me uma ou duas por correio que eu agradeço.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Isto dos estereótipos e quê...

Não é nada raro calhar aqui este paspalho dizer em público algo do género "Ah, as mulheres adoram compras", recebendo imediatamente respostas por esta linha "Seu porco chauvinista! Estás a generalizar!"


Antes de prosseguir com esta discussão, vamos aqui ver se concordamos com algo: Todos os corvos são pretos, certo?





...





... Já tá?








... Sim?







... De certeza?





ERRADO! Alguns são brancos pois sofrem de albinismo! Se o ser humano funcionasse por esta lógica, ainda estaríamos em cavernas a masturbar-nos olhando para pinturas nas paredes. De facto, nem todos os corvos são pretos, mas a esmagadora maioria é (uma percentagem ínfima de corvos sofre de albinismo), não contribuindo para nada numa conversa minimamente racional apontar este facto (depois admiram-se que eu diga também que as mulheres são seres ilógicos - venham lá que eu dou-vos com a retórica na mona), da mesma forma que o facto de a fêmea em questão não gostar particularmente de fazer compras ser, de certa forma, insignificativo. Tudo bem, pode até conhecer 1000 mulheres que detestem compras, mas num mundo em que existem 6 biliões de pessoas e mais de metade são do sexo feminino (não contando com hermafroditas), o número 1000 não interessa assim grande coisa.





Não estou aqui a querer ser machista nem nada disso, há muitas mulheres que não gostam de compras (bem mais do que 1000, espero), mas até a maior feminista do mundo tem de concordar que a grande parte do mulherio gosta de compras.


E agora o leitor (principalmente se for leitora) há-de dizer "Ah, isso dos estereótipos é feio!". Porquê? Alguns estereótipos têm fundamento. Aliás, alguns estereótipos só o são porque têm de facto fundamento. Vejamos por exemplo: uma pessoa que usa óculos é muitas vezes tomada por intelectual, ou com inteligência acima da média. Parece absurdo, não é? Mas há-que entender que uma pessoa que leia muito tem maiores probabilidades de vir a precisar de usar óculos. Claro que nos nossos tempos isto está seriamente ultrapassado devido ao evoluir da tecnologia e a forma como se espalhou (televisão, computadores, jogos de vídeo, tudo coisas que com exposição a longo prazo afectam a visão), mas tenhâmos em conta que nem sempre estas coisas existiram ou estiveram à disposição de muita gente, por isso talvez não fosse tão descabido em tempos passados generalizar-se que as pessoas que usavam óculos tinham alguma cultura.






Não estou, de todo, a assumir isto como verdadeiro. Simplesmente não é completamente isento de lógica (ao contrário das mulheres, ahahahahaha).


Verdade seja dita, não censuro nenhuma mulher que goste de compras. É a lei Darwiniana em acção: uma mulher que não goste de compras está completamente lixada e sem hipóteses de sobreviver num mundo em que tudo e mais alguma coisa está dirigida a ela. É facil de ver na publicidade: champôs; 500 biliões de cremes para a pele, cada um com a sua incrível propriedade; tampões; pensos higiénicos; produtos de limpeza; lava-loiças; móveis; electrodomésticos; sei lá que mais.


Num mundo como este, a mulher tem de gostar de compras. Isto por sua vez, alimenta a publicidade que é dirigida às mulheres, tornando-se num ciclo vicioso.


Publicidade dirigida principalmente a homens? Maxmen e cervejas - parece-me que estamos muito melhor servidos.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

NATAL... SEM NADA!

Natal: época de paz, de amor, de alegria, de consumismo capitalista selvagem, de actos de barbárie em que as pessoas se comportam como animais raivosos (especialmente as mulheres que deixam um furacão de roupas atrás delas), de desespero nas compras de última hora...


Sair à rua nesta altura é suicida pois as pessoas deslocam-se em manadas (e é incrível que parece sempre que somos a única pessoa a ir contra a corrente), atropelam-se uns aos outros e criam batalhas de fazer inveja ao Genghis Khan por causa de pijamas com desenhos de renas.


Não esqueçamos também as famosas músicas de Natal, que por esta altura violam o nosso aparelho auditivo. Em todo o maldito sítio estão a passá-las: nas ruas, dentro de lojas, dentro dos centros comerciais, dentro das lojas que estão dentro dos centros comerciais... até bordéis e bares de strip devem ter músicas de Natal a passar nesta altura do ano (como o leitor pode calcular, nós não fazemos a mais pequena ideia... coff coff). Ao fim de uma semana damos por nós a bater violentamente com a cabeça contra a parede ao ritmo do Jingle Bells.

Falar de Natal é falar de solidariedade. Solidariedade e comida. Mas também solidariedade.

Natal – Comida, solidariedade. Mas é mais solidariedade que comida. Pronto, lá se dão uns tostõezinhos para instituições de caridade. O que interessa mais mesmo é a comida, vá.

Enfim, abundam aí instituições que se aproveitam do espírito natalício para ver se conseguem mais doações... tentam ir pelo lado da pena, da caridade... mas se isso não resulta no resto do ano porque há-de resultar agora? Ainda se abordassem o tema pelo lado da comida...hmmm.... comida... Aliás, a única coisa que esta época tem de jeito é isso mesmo, encher o bandulho! Comida de todos os feitios e doces até mais não.


As prendas já nem tanto... como explicar à minha avó demente que já não tenho idade para receber meias do homem-aranha, que já nem sequer me servem?



Mas para não pensarem que somos pessoas sem coração e que odiamos o Natal, aqui vos deixamos este voto de festas felizes acompanhadas pelo Achmed:






Feliz Natal, dentro do possível,

Ass. Sr. R e Sr. M

sábado, 22 de dezembro de 2007

Análise crítica de uma infância destruída, parte... bah, vocês já perceberam a ideia

Ok, prometemos que depois disto nunca mais falamos de programas infanto-juvenis, mas precisávamos mesmo de desabafar com a quantidade de desgraça que há aí pela televisão. A culpa é dos guionistas que nos andam a azucrinar a cachimónia (eita, que agora vai tudo ao dicionário) e a tornar as crianças ainda mais insuportáveis do que aquilo que o código genético já predispõe.



O Ruca



Mas... que... raios?!? Porque é que a personagem principal parece um daqueles putos com cancro que têm de fazer quimioterapia? Fod*-se, isto não tem piadinha nenhuma! Este desenho animado deixa-nos extremamente desconfortáveis, porque se há coisa que não é alegre são crianças com cancro (e também unhas encravadas). Quem é que achou que era boa ideia fazer um programa infantil com um mini Lex Luthor? É que o puto é careca mas CARECA, BEM CARECA! Enfim, não queremos falar mais sobre isto... notem apenas o empenho com que o puto canta a música do genérico, até ele sabe que aquilo é uma seca.



O Terror do Avô Cantigas


Como se não nos bastasse a televisão, o mundo da música também está perdido. Este avôzinho ainda não se reformou e insiste em continuar a aparecer, para mal dos nossos pecados. Como se não bastasse esta música do fantasma ter referências que lembram as conversas que a senhora avó cantigas deve ter com o esposo "quando eu vou dormir, tu queres é brincar", o velhote agora pensa que por aparecer em formato digital tem mais sucesso. Mas temos de admitir, aquele boné dá-lhe um ar muito cool.


Forma como este vídeo podia ser melhorado: apareciam os caça-fantasmas, lixavam o fantasma e davam uma coça ao velho senil! Nós pelo menos acharíamos divertido…




No entanto, felizmente nem tudo são desgraças. Existe quem queira modificar o que estas mentes imberbes vêem e dar às crianças programas educativos que realmente eduquem de forma útil. E nós apoiamos vivamente esta medida. Ora então vejam:




Aqui está um programa educativo! Mostra que os crocodilos não são para brincadeiras e que se virem um, é bom fugirem a sete pés. Aqui nas Crónicas de Simão imaginamos que se isto fosse implementado, todas as criancinhas fugiriam da Manuela Moura Guedes, pensando tratar-se de um jacaré.


Sr. M - Mas não é mesmo um jacaré?

Sr. R - Não, seu mentecapto, é um crocodilo!

Sr. M - Jacaré!

Sr. R - Crocodilo!

Sr. M - Espera......... Manuela Mouraguedes = Popóta?

Sr. R - :o

Sr. M - :o

*Som de cérebros a explodir*



Ass. Sr. R e Sr. M

Análise crítica de uma infância destruída, parte III - continuação da parte II

Bem, cá tratar disto que já se faz tarde, e ainda temos de ir dar a papa ao senhor Cavaco porque se não se vai pôr a dormir a sesta fica muito rabugento e ainda fica com ideias de querer fazer alguma coisa no país e nós queremo-lo sossegadinho que assim é que ele é fofo.


Continuando com a desgraça que destrói as personalidades e mente das criancinhas actualmente...


Floribela e companhia


Já sabemos que toda a gente mais a sua avózinha já disse mal da Floribela e não há muito território que não tenha sido já usado. Mas nós achamos que chegámos a uma boa crítica... a gaija não é boua. Queremos com isto dizer, que ela é normalzinha. Bem, não é feia. Quer dizer.... tem um ar assustador. Mais ninguém acha que existe uma onda de energia rasconhofe a provir do monitor quando focam a cara dela? Sentimos como se alguém nos estivesse a violar a alma, sem lubrificantezinho espiritual nem nada.


Tendo dito isto, porquê ver Floribela quando noutro canal estão a dar os Morangos com Açúcar, onde há hipótese de ver gente em bikini e calções (vêem? preocupamo-nos tanto com meninos como meninas). Não é que os Morangos estejam muito acima intelectualmente da Floribela, mas ao menos entretêm mais os pais e as criancinhas também acabam por aprender alguma coisinha de útil como por exemplo que o amor é muito bonito mas desde que seja rápido, incluindo as tragédias e peripécias que se passam debaixo de lençóis (ou então na areia da praia, ou na casa de banho, ou cozinha, há para todos os gostos).

O fundamental da Floribela, é que está a tornar as crianças em todo o lado extremamente irritantes, para além de estar lentamente a desfazer-nos as retinas porque a miudagem agora (principalmente as raparigas) só querem roupa colorida que contenha o brilho de 1000 sóis.


Não nos dignaremos a falar das chiquititas pois não passam de uma versão ligeiramente mais pedófila da Floribela.



Ah, já nos íamos esquecendo! A única personagem mais assustadora que a Floribela é o tal príncipe que parece um boneco Ken, só que ainda menos realista. Ninguém nos tira da cabeça que aquele cabelo e barba são implantes de silicone. E pelo que sabemos da série, com todas as suas indecisões, calculamos que o príncipe seja anatomicamente semelhante a um Ken no que toca à zona das verilhas.



Tentámos evitar as óbvias referências homossexuais, pois já temos estado a abusar mas fica só aqui a seguinte nota; não tarda os programas infantis vão-se tornar algo do género:




Pois...



Pistas da Blue


MINHA NOSSA SENHORA!



As Pistas da Blue são algo de alucinantemente interessante - quem quiser descrever este programa pode fazê-lo com apenas uma frase: "tripe de ácido". Temos uma cadela azul que tem um "dono" (utilizamos o termo de forma bastante solta, pois não se percebe bem quem é o animal de estimação da relação, sendo que o rapaz é que anda sempre atrás da cadela) que anda sempre vestido com a mesma roupa triste e que canta músicas que nos deixam embasbacados a olhar para a televisão. Notem como esta descrição encaixa bem na maior parte dos vagabundos loucos que se vêm na rua. Sempre que o moço aparece na televisão começamos a pensar: “Epá, este gajo deve ter sido mesmo muito bem pago! Ou isso ou tem falta de auto-estima, conheço muitas prostitutas que não se denegririam desta forma nem com 1 milhão de euros”. Como se não bastasse, actualmente podemos ver o mesmo actor a desempenhar um papel interessantíssimo nos Morangos com açúcar em que se referem a ele como “Coelhinho” devido ao seu desempenho sexual. Numa escala de 1 a 10, julgamos que a imagem pública deste indivíduo seja "baixa p'ra car§#£o!".


E agora o senhor leitor pergunta "Pronto, já percebemos que implicam com o moço, coitado... mas que mais problemas tem este programa?". Pois bem, é que para programa educativo, não se aprende nada. Basicamente a criançada anda a seguir pistas imaginárias de uma cadela azul imaginária, e é sempre a mesma coisa. Se quisessem mesmo ensinar coisas úteis e práticas às crianças, logo no primeiro episódio o Idiota da Camisola Verde tinha-a prendido a uma árvore com a trela e acabava-se a parvoíce.


Com a quantidade de trabalho que o Idiota da Camisola Verde anda a ter com os Morangos, há rumores de que irá ser substituído. Aqui nas Crónicas de Simão, apresentamos em 1ª mão o candidato número um:




Não sabemos o que vocês acham, mas para nós parece-nos uma clara melhoria.



Bem, o Cavaco está para ali a berrar, teremos de continuar mais tarde. Mas não desesperem, não tardará muito.

Até breve, beijinhos e xi-corações do Sr. R e Sr. M.

Análise crítica de uma infância destruída, parte II - Novas Tendências


Já aqui falámos da Rua Sésamo, programa televisivo que caiu em desuso no nosso país e que só afectou uma geração mais "antiga". A verdade é que existem por aí muitos programas actuais a estragar as novas infâncias, e é disso que queremos falar agora. Antes de começar, queremos deixar como ponto assente que não temos nada contra programas infantis/educativos, o problema é aquilo que ensinam!



Noddy







Aqui, os que ainda se lembram do querido pato Donald poderão reparar numa tendência. É que o pato Donald andava todo vestido, excepto numa das àreas mais importantes... faltavam-lhe as calças, vá. Passa-se algo do género no mundo frufrú do Noddy no qual existe uma ursa que utiliza saia e chapéu mas mais nada.



Como é óbvio, para as mentes porcas dos vossos estimados escritores, isto traz consigo muitas questões. Nomeadamente, todas as crianças que gostam do Noddy (muitas, tendo em conta o sucesso do show) podem vir a crescer tão javardolas como nós. Bem, no fundo compreendemos esta medida que o programa pôs em prática... o Noddy é extremamente... como dizer isto... epá está mesmo na ponta na lingua... é aquela coisa... ai... GAY! E então utilizam a ursa como compensação para os putos. Falta saber se no futuro desenvolvem tendências homossexuais ou então fetiches sórdidos com mulheres peludas. Esperamos ansiosamente pelos resultados.


Só mais um apartezinho, não nos conseguimos conter e temos de mandar a boca obrigatória do "abram alas para o Noddy". O que diriam os senhores da Casa Pia sobre isto? Provavelmente, a mesma frase tal e qual. O bom da coisa é que o Noddy está sempre a utilizar um preservativo azul na cabeça - segurança acima de tudo.


Teletubbies

Já que tocámos no assunto da homosexualidade, não podemos esquecer os grandes Teletubies, responsáveis pelas futuras dúvidas sexuais das crianças de hoje por observarem um ser estranho e roxo do sexo masculino com um triângulo invertido na cabeça a usar uma mala de senhora e uma saia de ballet. Não há muito que possamos dizer que não esteja de certa forma no vídeo:




Isto ainda não acabou aqui, ainda há mais por vir. O que acontece é que já bebemos o leitinho quente e tá na hora de ir nanar, que nós não temos a vossa vida.



Ass. Sr. R, e Sr. M.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

O drama do Frotteurismo!

Na abertura deste magnífico blog fizemos referência ao grande (metafórica e literalmente) DSM-IV, o manual das perturbações mentais. Antes de continuar queria deixar bem claro que na sigla o IV se refere ao número 4, por isso senhora das manhãs da Antena 3 não se lê "dsm - í vê"! Queria focar isto, pois não tarda os leigos hereges andam para aí a chamar Desmiv a esta grande bíblia da loucura do ser humano (ok, tenho de dar a mão à palmatória, esta piada de elevado requinte não é de minha autoria…).

Neste dicionário da maluqueira e badalhoquice existem doenças que para além de não lembrarem ao menino Jesus, são a coisa mais divertida de ler de uma forma perversa e porca. Uma delas é o Frotteurismo. Esta doença é um verdadeiro drama e também uma grande comédia. Para se ter uma ideia, aqui fica uma descrição desta: “implica tocar e roçar-se num sujeito que o não consente. (…) O sujeito roça os seus genitais nas coxas e nádegas da vítima ou acaricia com as mãos os genitais ou os seios da mulher.”

Exemplo de Frotteurismo


Perante isto não podemos ficar indiferentes à triste condição das pessoas que não têm esta doença e cujos objectivos do seu dia-a-dia não incluem actuar como cães no cio e procriar com a perna de alguém (decidimos não ter pena das vitimas do acto de fricção, elas que se lixem!). Já imagino uma consulta de psiquiatria com um doente destes, com o psiquiatra a dizer: “Oh sr. Manuel largue-me lá a perna que eu tenho mais vinte pacientes à espera para despachar em menos de dez minutos!”


Isto também me faz pensar na quantidade de gente que anda por aí com esta doença. Não sei se serão muitas, mas que anda por aí muita gente com os sintomas e com uma vontade compulsiva de se esfregar no primeiro marmanjo ou badalhoca que apareça, lá isso anda. Podemos até dizer que nos homens há muita gente com esta doença ou então com muita vontade de a ter. Calculo que depois disto todos os homens deste país ou então que falem português e vejam este blog tenham finalmente a desculpa perfeita para apalpar mulheres nas discotecas e bares. Assim quando estiverem prestes a levar uma valente bofetada já poderão dizer habilmente: “Ah, eu sou uma pessoa doente, sofro de Frotteurismo, tenho de apalpar e esfregar-me nas pessoas, é inevitável!”

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Análise crítica de uma infância destruída

Ah, a nossa infância... as brincadeiras... os desenhos animados... a Rua Sésamo... as insinuações sexuais que não percebíamos na altura... Passo a exemplificar:



Já viram? Sim? Ok, espero que também tenham achado algumas coisas estranhas. Vou organizar a minha análise segundo alguns pontos.

1 - A primeira coisa digna de atenção são as supostas "vacas" lá atrás que depois servem de coro... é só impressão minha ou aquilo são cavalos que puseram cornos falsos? Não é que não tenha piada, a vaca obriga os pobres cavalos a fazer parte da sua canção debochada, mas porque raios não tornam isto explícito à criancinha que está a ver o programa? Quem fez isto pensou que as crianças são tão burras que não conseguem distinguir entre cavalos e vacas, ou foi o oposto e pensaram que as crianças conseguiriam depreender tudo o que estava ali a acontecer? Infelizmente, este não é o meu único problema com esta questão... Isto não se trata no fundo de uma espécie de travestismo inter-espécie? Os cavalos sentem que no fundo são vacas em corpos de cavalo? Se foi realmente a vaca a obrigá-los à coisa torna-se ainda mais perverso - que raios de fetiches tem esta criatura bovina? Notem como ela os trata por "vaquinhas" e os tarados entram na brincadeira lançando um sugestivo "Mú".

2 - "Às vezes quando estou para aí virada". Isto não é forma de começar uma música.

3 - A própria vaca mostra os seus devaneios travestitas ao imaginar o role de bichos que poderia ser em vez de vaca.

4 - O refrão: aqui é que a coisa se começa a tornar grave... "Tenho orgulho, orgulho em ser uma vaca". Ó - MEU - DEUS!!! Na verdade isto explica muita coisa, no fundo a Rua Sésamo serviu de lavagem cerebral para a jovem população portuguesa, o que explica a existência por aí fora de tantas vacas que se orgulham de o ser.

5 - Notem como as "vacas" lá de trás dizem "VACA VACA VACA!!!" maliciosamente no refrão. Isto cheira-me que na altura de gravar esta música as coisas começaram a descambar e os indivíduos responsáveis no coro começaram a gozar com a senhora que fazia papel bovino.

6 - "Os meus olhos são doces e sonhadores, a minha manteiga é rica e cremosa": por si só, esta frase já parece muito suspeita... quem ouve isto pensa que há ali badalhoquice, mas a confirmação vem mesmo com aquela voz que comenta "Linda!" com o profissionalismo e entoação que só um construtor civil de larga experiência consegue realizar.

7 - "Tenho orgulho em ter um badalo como o meu pai... não, como a minha mãe!" . . .

É verdade que eu gosto de tudo o que seja alarvice e "avacalhanço" (obrigado, obrigado) e agora que já sou algo mais velho aprecio muito mais este vídeo... mas não deixo de achar que se andam por aí muitas vacas contentes por não terem de trabalhar (não puxam nem carroça nem arado), por terem cornos na cabeça e por se deitarem no prado, e que acham que deviam ser adoradas, a culpa é pelo menos em parte da Rua Sésamo.


P.S. - Agora ao passar ao lado de certas personagens entoo "Às vezes quando estou p'rai viradaaaa"... experimentem, é giro.

Caniche, esse ser do demo

Se há ser que me irrita tremendamente é o caniche. Sempre que vislumbro algum, corre em mim uma vontade quase compulsiva de lhe dar um valente pontapé no rabo e vê-lo a ir lançado em direcção ao horizonte.É que são criaturas extremamente estúpidas e abespinhadas que só dão vontade de tratar com o mesmo carinho com que um carro embate num muro a 200km/h.

Uma familiar minha já teve alguns, tendo adquirido há uns dias um novo cão a pilhas (pois, porque não há diferenças significativas entre um caniche verdadeiro e um a pilhas… ok os a pilhas dão piruetas). O cão anterior a este foi a bola de cotão mais parva que conheci até hoje, rosnava-nos por tudo e por nada e não nos largava quando ouvia o “resmalhar” (como eu adoro esta expressão alentejana) de algum papel pensando que era um rebuçado. Eram momentos de tortura, em que o demónio disfarçado de ovelha nos levava à insanidade com os seus latidos. Ao menos quando ficou mais velho deu-me algumas alegrias. Ficou mais cegueta que o Mr. Magoo, então passava o tempo a esbarrar contra paredes e móveis. Como era divertido assistir a tal acontecimento, que som maravilhoso era o do crânio do bicho a embater na superfície. No entanto foi isso que acabou com a sua vida, ao ir em direcção às luzes dum carro em andamento. Podemos dizer que viu a luz! (como podem constatar o meu humor é muito sublime) Ou então finalmente reparou o quão ridícula e lastimável era a sua condição de caniche e decidiu acabar com o seu sofrimento. Vamos acreditar nisso.

Foi em parte por isto que actualmente não vou à bola com os caniches. A outra parte é mesmo por serem os seres mais desprezíveis à face da terra. Isto para além de serem os larilas da espécie canina, com aquele pêlo aos pompons e com aquele ar de snobe. Enfim, onde quero chegar com isto tudo é que as leis de protecção dos animais deviam ter um regime de excepção para os caniches como têm para os touros em Barrancos. Devia ser permitido, para o bem da saúde mental das pessoas, descarregar as nossas frustrações nestes diabinhos peludos, pois parecem não ter mais utilidade para além disto.

E assim proponho a criação do Movimento Anti-Caniche. Pelo bem de todos nós, se tiver um caniche faça um favor à humanidade e afogue-o na banheira. Obrigado!



Ok, afogar na banheira é capaz de ser um bocado drástico... mas por favor pelo menos enfie-o num quarto escuro onde ninguém tenha contacto com ele!

Butes lá Canibalizar? - ponderações existencialistas de quem está esfaimado

Este resumo não está disponível. Clique aqui para ver a mensagem.

Abram alas! (e nada de bocas porcas)

Aqui se iniciam os devaneios em versão blog de dois sujeitos claramente perturbados, devido à estupidez que vagueia por este mundo (e à dos próprios sujeitos em questão, claro). Somos doidos, sim, diríamos até completamente insanos, mas com um grande senso crítico sobre isso! Não somos aí quaisquer doidivanas da esquina que nunca empunharam um DSM-IV ou um ICD-10! "O que é que eles estão para aqui a falar?", perguntará o leitor. "O leitor é ignorante", dirêmos nós. Mas não se preocupe que não é nada de que não estivéssemos à espera.

Mesmo assim, esperemos que usufrua de alguma satisfação na leitura das nossas dissertações. À falta de satisfação, pelo menos uma irritação saudável.

Cumprimentos,

Sr. R e Sr. M