Não é nada raro calhar aqui este paspalho dizer em público algo do género "Ah, as mulheres adoram compras", recebendo imediatamente respostas por esta linha "Seu porco chauvinista! Estás a generalizar!"
Antes de prosseguir com esta discussão, vamos aqui ver se concordamos com algo: Todos os corvos são pretos, certo?
...
... Já tá?
... Sim?
... De certeza?
ERRADO! Alguns são brancos pois sofrem de albinismo! Se o ser humano funcionasse por esta lógica, ainda estaríamos em cavernas a masturbar-nos olhando para pinturas nas paredes. De facto, nem todos os corvos são pretos, mas a esmagadora maioria é (uma percentagem ínfima de corvos sofre de albinismo), não contribuindo para nada numa conversa minimamente racional apontar este facto (depois admiram-se que eu diga também que as mulheres são seres ilógicos - venham lá que eu dou-vos com a retórica na mona), da mesma forma que o facto de a fêmea em questão não gostar particularmente de fazer compras ser, de certa forma, insignificativo. Tudo bem, pode até conhecer 1000 mulheres que detestem compras, mas num mundo em que existem 6 biliões de pessoas e mais de metade são do sexo feminino (não contando com hermafroditas), o número 1000 não interessa assim grande coisa.
Não estou aqui a querer ser machista nem nada disso, há muitas mulheres que não gostam de compras (bem mais do que 1000, espero), mas até a maior feminista do mundo tem de concordar que a grande parte do mulherio gosta de compras.
E agora o leitor (principalmente se for leitora) há-de dizer "Ah, isso dos estereótipos é feio!". Porquê? Alguns estereótipos têm fundamento. Aliás, alguns estereótipos só o são porque têm de facto fundamento. Vejamos por exemplo: uma pessoa que usa óculos é muitas vezes tomada por intelectual, ou com inteligência acima da média. Parece absurdo, não é? Mas há-que entender que uma pessoa que leia muito tem maiores probabilidades de vir a precisar de usar óculos. Claro que nos nossos tempos isto está seriamente ultrapassado devido ao evoluir da tecnologia e a forma como se espalhou (televisão, computadores, jogos de vídeo, tudo coisas que com exposição a longo prazo afectam a visão), mas tenhâmos em conta que nem sempre estas coisas existiram ou estiveram à disposição de muita gente, por isso talvez não fosse tão descabido em tempos passados generalizar-se que as pessoas que usavam óculos tinham alguma cultura.
Não estou, de todo, a assumir isto como verdadeiro. Simplesmente não é completamente isento de lógica (ao contrário das mulheres, ahahahahaha).
Verdade seja dita, não censuro nenhuma mulher que goste de compras. É a lei Darwiniana em acção: uma mulher que não goste de compras está completamente lixada e sem hipóteses de sobreviver num mundo em que tudo e mais alguma coisa está dirigida a ela. É facil de ver na publicidade: champôs; 500 biliões de cremes para a pele, cada um com a sua incrível propriedade; tampões; pensos higiénicos; produtos de limpeza; lava-loiças; móveis; electrodomésticos; sei lá que mais.
Num mundo como este, a mulher tem de gostar de compras. Isto por sua vez, alimenta a publicidade que é dirigida às mulheres, tornando-se num ciclo vicioso.
Publicidade dirigida principalmente a homens? Maxmen e cervejas - parece-me que estamos muito melhor servidos.
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