sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Esta existência incerta, coiso e tal

Hoje, lamento, mas estou chateado. Estou chateado, pronto, não posso fazer nada. Chateado e triste. É que isto de ser ateu não é tão giro como nos dão a entender ao início... nem que seja pela tia em 5º grau que já tem 82 anos e que todos os aniversários nos telefona a dizer que temos de nos baptizar porque qualquer dia ainda nos acontece qualquer coisa ou somos atropelados ou assim, e morremos e depois vamos para o inferno porque ainda temos o diabo no corpo (aconteceu-me esta brincadeira era eu puto e achei que realmente ir à Disneylândia era ligeiramente mais divertido do que ouvir aquilo).





Agora o leitor deve estar a pensar "Epá Raciocínico, até parece que 'tás ressentido com alguma coisa". Estou, estou ressentido sim senhora. Em primeiro lugar, o leitor não tem nada que me tratar por "tú", ainda não temos tais confianças, e em segundo lugar não aprecio que escreva a forma reduzida de "estar", apesar de estar lá muito bem metida a apóstrofe em «'tás». Não, mas estou ressentido sim senhora e já explico porquê... É que eu tenho uma confissão a fazer... é que eu nunca comi óstia e gostava. É que desde puto que tenho curiosidade com essa coisa, porque sempre me lembrou aquele chocolate branco que vinha em forma de discos pequenos, o Galak, que eu adorava.


Corpo de Cristo = Corpo de golfinho branco?

"Pronto", pensa o leitor, "Já foi este desgraçado descambar para a parvoíce autêntica". Pode até ser que sim, mas garanto que vem do fundo do coração e que é verdade. Aliás, faço desde já aqui um apêlo: se algum bom cristão conseguir roubar umas óstias na sua igreja local, por favor mande-me uma ou duas por correio que eu agradeço.

2 comentários:

Anónimo disse...

Garanto-te que as óstias não sabem a galak, quem me dera a mim que a isso soubessem, provavelmente até teria ido mais vezes à missa quando ainda era um ser (mais) ignorante. Têm uma textura apapelada (assim como quem diz, parece papel) com um sabor um tanto estranho, apesar de ligeiramente agradável (principalmente se não tomaste o pequeno almoço, por segundos dá para enganar a fome). Mas mesmo assim prefiro os galak.

Anónimo disse...

E essa história de só os padres poderem beber o vinho tem muito que se lhe diga! Aproveitadores! Vai uma rodelazinha de papel pós crentes e um belo dum vinho para eles! E é quando não comem pão a sério...daquele assim grandinho,apetitoso, repartido entre eles durante a cerimónia mais o belo do vinho.